sábado, 11 de abril de 2009

Livro Cibercultura de Pierre Levy e Minha Análise




Nada se constrói sem um embasamento sustentável, e a referência faz parte deste processo, tanto na orientação pessoal como coletiva. Antes de me tornar acadêmico, a minha referência como ser humano era local e limitada, sem saber da gama de possibilidades e aprendizagem que poderiam ser adquiridas em pouco espaço de tempo e de forma tão simples e ao mesmo tempo complexa num sentido da amplidão do horizonte. As pesquisas, os livros, as aulas, tudo me engrandece e me torna mais inteligente, e essa inteligência é inovadora, pois agora estou tratando de assunto local, social, municipal, estadual, nacional e internacional em questão de minutos. Isso tudo, faz com que minha referência seja ampliada e anexada a inteligência. Essa rapidez, é que nos torna mais dinâmicos e ao mesmo tempo responsáveis pelas nossas interpretações de determinados assuntos e estudos. E o curso me mostrou isso! Meus ideais ainda possuem as referências de outrora, mas agora estão mais “lapidados” e direcionados a minha correta formação pessoal e acadêmica.

“A inteligência coletiva que favorece a cibercultura é ao mesmo tempo, um veneno para aqueles que dela não participam, e ninguém pode participar completamente dela, de tão vasta e uniforme que é, e um remédio para aqueles que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva, no meio de suas correntes.” *

Para mim, as madrugadas em claro navegando pela rede, os assuntos, os bate-papos,
tudo isso me deslumbrava de maneira explícita e incoerente. Sabia do tempo perdido e queria recuperá-lo logo, e isso me desnorteava do real significado da Internet, pois me sentia excluído diante de tão descomunal sistema de informação, entretenimento e aprendizagem. Agora coerentemente pensando e estudando, minhas “navegadas” são mais específicas e direcionadas ao aprendizado, e a ponta do iceberg está aparecendo!

Estou me tornando um filósofo virtual! Sim! Todos nós que navegamos na rede, temos esta propensão em adquirir muito conhecimento e através dos mesmos criamos opiniões e constituímos a virtualização filosófica que é uma teia de conhecimentos interpretados, gerados e disseminados pela web. A gama de informações e conhecimento é espantosa, e cabe a nós, reciclar e absorver as reais necessidades do nosso aperfeiçoamento. Tanta informação recebida, deveria ser interpretada e repassada com novos saberes e assim por diante, até a formação universal de uma inteligência justa. Agora com a “abertura” dos meus horizontes, a minha intelectualidade está tornando-se uma formadora de opinião quase que automática, devido ao aumento considerável de meus conhecimentos para com a sociedade, ou seja, hoje analisamos e comentamos, e amanhã, poderemos ser formadores de opinião, referenciados no nosso saber, que deve ser o mais pleno e justo possível.

Os professores realmente capacitados, são grandes formadores de opiniões e estão passando por uma transição, tanto metodológicas como funcional, e embasado neste contexto cito Pierre Levy:

“A grande questão da cibercultura é a transição de uma educação e uma formação estritamente institucionalizada (a escola, a universidade) para uma situação de troca generalizada de saberes, o ensino da sociedade por ela mesma, do reconhecimento autogerenciado, móvel e contextual das competências.” *

Transição, esta é a palavra da hora na educação mundial. Nós podemos nos apoiar em grandes pensadores da educação mundial, mas temos que situar cada região e suas condições de aprendizagem. Quando converso com meus amigos e parentes, e explico que os temas, trabalhos e estudos estão praticamente envolvidos na web, fica difícil para eles absorverem tamanha evolução. Ao tentar explicar, me senti como eles quando ainda não era acadêmico, sem saberem do real significado da educação à distância e suas “vantagens”, e achar que, se tenho Internet em casa, estou conectado ao mundo. De certa forma sim, mas isso não é nem de perto a real razão para se ter tal acesso em nossa vida. O importante é você tirar conhecimentos úteis para sua vida e sua formação intelectual e profissional.

Em nível superior e, em se tratando de aprendizagem, a Internet é assimilada mais facilmente, ao contrário do ensino básico e fundamental onde o acesso é restrito e o direcionamento dos alunos em quanto estão conectados é facilmente desviado da real necessidade. E nos dias de hoje, a grande maioria das pessoas querem estudar mais, e isso faz com que os profissionais de ensino, tenham que se reciclar e adaptar-se a essas mudanças, fazendo com que o aprendizado seja mútuo, e essas experiências, sejam reunidas e divulgadas para que possamos nos orientar na aprendizagem do futuro.

Essas experiências, formarão uma gama muito grande de conhecimento. Será como nossos pensamentos e formação profissional: eles não serão totais nem até o último dia de nossas vidas! Sempre estamos aprendendo, pois não há universalidade sem escrita e essa escrita é tão vasta e rica que teríamos que recorrer as mais diversas obras sobre determinado, veja bem, determinado assunto, para podermos formar uma opinião básica e ainda assim, sem totalidade. Isso é fascinante! Se eu acho que sei tudo, a minha humildade será fundamental neste conceito do saber, pois ela me cercará de parâmetros conscientes do real aprendizado, na busca pelo conhecimento.
* Do livro Cibercultura - Pierre Levy

Nenhum comentário:

Postar um comentário