quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Chaloy Jara* 1931-2011


Mais um esteio da música missioneira nativa nos deixou no início dessa semana. "Don" Salvador "Chaloy" Jara, a quem tive a grata satisfação de ver vários shows e inclusive, dele participar de uma composição nossa em parceria com o Odemar Gherardt (Cor de Rosa) na interpretação do Waldomiro Maicá no festival de Arroio do Sal (RS).

A mídia nem aí para Chaloy Jara!

Mas aqui vai um pouco da história de Chaloy Jara!

Bandoneonista, autor e compositor Salvador "Chaloy" Jara nasceu em Posadas, capital da província de Missiones, em 1 de março de 1931. Começou na música a partir de um início de execução do acordeão de 2 linhas e mais tarde o bandoneon. Apresentou-se com seus irmãos e Mario Raul no seu primeiro conjunto, que foi batizado de "Los Posadas", apresentando-se em reuniões familiares e eventos da escola.

Mais tarde, aperfeiçoou-se com Gregorio Martínez Riera e Ricardo Ojeda. Sua melhoria cresceu de forma contínua em Buenos Aires, cidade onde ele se estabeleceu em 1947. Lá ele se juntou a vários grupos realizando diferentes gêneros, aproveitando os ambientes que eles freqüentavamm, a fim de introduzir a música da costa, missioneira.

Em 1957 ele se juntou ao Armando Correa para fazer apresentações na província de Corrientes e programas de rádio em LT7. Depois de gravar seu primeiro álbum para o selo "Music Hall", intitulado "Assunção", Jara Chaloy estabeleceu-se em Santo Ângelo (RS), cidade onde morou por 5 anos.

Após, começa um relacionamento caloroso entre o público brasileiro e Chaloy Don Jara, foi batizado como "O Rei do Chamamé". Mais tarde ele se mudou para a capital do estado, Porto Alegre, onde começou a acompanhar o célebre artista "Gaúcho" Cenair Maicá com quem gravou vários álbuns.

Na carreira de 20 anos em território brasileiro Chaloy Jara percorreu vários estados do Brasil, apresentando-se em grandes festivais na região, onde gravou os álbuns "Rei do chamamé", em 1988, em 1996, "Chaloy Jara e seu bandoneon de ouro" e "Melhor chamamé", lançado no ano de 1998. Nestes trabalhos, acompanhando artistas como "Los Hermanos Cavia" (Ramon, Tachina e Julian), Antonio Ortiz e Eugenia Maidana.

No início dos anos 90 ele se estabeleceu novamente em Posadas aderir à "Banda Municipal de Música". Notável autor e compositor, são mais de 100 obras como "Muchachita de Missiones","Recuerdo de Mi Terra"," El Moconá "," Basto Coli", "Pueblito Iguaçú", "Patrono de mi pueblo" foram seus trabalhos mais difundidos, e "Jamás te podré olvidar", composta em 1956 e se tornou um clássico do nosso cancioneiro argentino.

Em 1995, Don Chaloy Jara recebeu "El Arandú" prêmio dado pela Câmara Municipal de Posadas, pelo seu honroso trabalho cultural e em 2005 foi homenageado no "Encontro Chamameceros São Luiz Gonzaga(RS).

Deve estar tocando "Puente Pessoa" com o querido e inesquecível Cenair Maicá!
Música Missioneira em festa.... no céu!

sábado, 2 de julho de 2011

Gaúcho, desbravador ou devastador?










Entre tantos trabalhos que conseguimos premiação pelo Brasil à fora, a letra "Desbravador ou devastador" trata do gaúcho que saiu do Rio Grande do Sul rumo ao norte. Tenho muito orgulho desses irmãos que com muito suor e luta abriram e ainda abrem novas fronteiras no Brasil. Mas, precisa "limpar" tudo à sua volta? E os grileiros e "coronéis"? E os honrosos cidadãos que lutam contra isso, muito tristemente, morrem pelo seus ideais. Ah o "ser" humano me decepciona às vezes!

Rio Grande imensidão
Desbravado ficou pequeno
Rumou-se ao norte então
Desmatar, abrir terreno
E desta sina, ninguém fala
Do termo "devastador"
A natureza se cala
Ante ao gaúcho "desbravador"

Agora seus descendentes
Seguem mais ao norte
Amazônia em choque
Já sente a ambição
Pois homem sem razão
É banhado drenado
É capão desmatado
E um deserto na mão

Da pampa à amazônia
Rastros de guerra
Dos pajés que calaram
Seu amor pela terra
Fazendeiro e grileiro
Só dinheiro pretendem
Calam-se vozes
Dórothi e Chico Mendes

O verde ficou vermelho
Sangrando a mata virgem
Repense seus ideais
Refaça suas origens
Crie novos mananciais
Pra sua vida ter razão
Busque um novo tempo
E evite a extinção

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Faroeste "Os Imperdoáveis"




Os Imperdoáveis

Faroeste. O bom e velho faroeste. Para mim que vi grandes filmes como Silverado, Sete Homens e um Destino,Ninho de Serpente e por aí vai, simplesmente tenho que dizer que “Os Imperdoáveis” com Clint Eastwood, Morgan Freeman e Gene Hackman, é sem dúvida o melhor faroeste que já vi!

Pra gurizada de hoje que acha que esse tipo de filme é passado literalmente falando, deveria rever seus conceitos no sentido de abrir a mente para entender como era o cinema e como está. Fica a nossa dica de filme.

Isso me ocorreu no momento que vi fotos de grandes atores “representando” seus principais papéis no cinema. Matei todas as interpretações, e você consegue?












quinta-feira, 19 de maio de 2011

Playing for Change Foundation

Playing For Change

Dentre tantas maravilhas que encontramos na internet, isso é claro se procurar bem, pois a grande maioria é porcaria, me deparei com o Playing For Change, fundação sem fins lucrativos, mas com um dos maiores projetos de união mundial na atualidade, a música.

“Playing For Change é um movimento multimídia criado para inspirar, conectar e trazer paz ao mundo através da música. A idéia deste projeto surgiu a partir de uma crença comum de que a música tem o poder de quebrar barreiras e superar as distâncias entre as pessoas. Não importa se as pessoas vêm de diferentes geográficas, políticas, econômicas, espirituais ou ideológicos, a música tem o poder universal de transcender e unir-nos como uma raça humana. E com essa verdade firmemente em nossas mentes, partimos para compartilhá-lo com o mundo.”

Artistas de rua! Cantores de Rua! Mais grandes cantores mundiais conectados pela música! As gravações são perfeitas, impecávelmente bem equalizadas, sem distorções, um luxo, no meio de tanta porcaria do youtube. E para ajudar, basta você olhar os clipes da fundação no youtube. Não adianta eu ficar aqui falando mesuras sobre a fundação.

Veja você mesmo!Stand by Me (Mais de 30 milhões de acessos!)




Um dos novos lançamentos, Imagine, com uma grata supresa ao final!



Redemption Song:

sábado, 26 de março de 2011

Professor 2011! Contrastes.




O professor na visão dos administradores públicos:

“Oh classezinha unida! Será que não viram que não adianta mais toda essa ladainha? Será que não se deram conta que professor é uma profissão como qualquer outra? Se nós ficarmos dando esses aumentos absurdos para eles, o resto do funcionalismo corretamente também vai querer! Se foi o tempo em que o professor era pessoa importante na sociedade! Hoje graças à mídia, estamos colocamos os professores no seu devido lugar, que é dentro da bolha pública, ganhando muito bem, e sem o prestígio e status que tinha antes, pois eles só sabem reclamar.”

O professor na visão da sociedade:

“Não se faz mais professores como antigamente. Nossos filhos são dinâmicos, quase independentes graças à inclusão digital, à TV e a lei. Nossos filhos não gostam de ir à escola, mas dizem o que querem e estão muito bem instruídos. Aliás, achamos que a classe docente é uma profissão ultrapassada, desatualizada. A TV nos ensina bastante, mais até que os professores! Temos visto muito na programação da TV aberta, alunos procurando seus direitos dentro da sala de aula. Os Direitos Humanos assim como a classe jurídica está correta em pegar alunos que foram muito mal educados e que, possuem sérios problemas de relacionamento social e colocá-los por meio de mandatos judiciais na sala de aula. O professor precisa colocar-se no seu lugar, que é ensinar! Nada mais que isso! E dizer que ainda existe professores que falam mal da mídia, que devemos ter poder de opinião, ora, mas nós temos, nós acompanhamos os noticiários e sabemos o que está acontecendo! Esses sim, são professores ultrapassados. Por isso sempre cobramos dos professores as notas baixas que dão aos nossos filhos, pois é desgastante para nós pais que passamos o dia todo trabalhando e quase não vemos nossos filhos, reclamarem desses professores que nada fazem pelo desenvolvimento deles.”

O professor na visão do professor:

“São dias difíceis. Nossos alunos estão cada vez mais atualizados no uso da tecnologia! Não é fácil conseguirmos acompanhá-los. Fascina-nos tamanho desenvolvimento. Nossos vencimentos mal dão para sustentar a família! Sim, nós professores também temos família! Adoramos o que fazemos. A classe dos professores é uma classe em extinção. Ao contrário do que diz as estatísticas oficiais, verifica-se que nas faculdades a cada ano, diminui a procura por cadeiras na área da licenciatura. Seria por que estão falando que somos uma classe em desprestígio social? Os alunos de hoje sabem corretamente dos seus direitos, são dinâmicos, de raciocínio rápido e grandes conhecedores da tecnologia e informática. Não temos ainda uma nova metodologia de ensino para enquadrar-se nesse novo tipo de aluno. Eles não querem mais livros, mesmo com a nossa insistência. Fomos instruídos por nossos mestres dessa maneira e achamos que essa é a maneira correta de aplicar o ensino. Os alunos querem coisas que fogem da nossa compreensão magistral antiga. Quando nossa classe ainda era social, nossos alunos vinham à aula para aprender. Aprender com educação. Hoje os alunos vêm para a escola por obrigação.”

sábado, 12 de março de 2011

Dor


Certas coisas impressionam qualquer ser humano de caráter. O Japão simplesmente é um país lutador. Quantas situações infelizes, quantos infortúnios e mesmo assim, quantas lutas, quanta persistência!

Não sou descendente de japoneses. Mas sinto uma força muito grande quando leio, convivo e sinto os japoneses. Não por este ser um dos momentos mais difíceis da história do Japão, de maneira alguma, mas por toda a sua história!

A imagem que mais me marcou, não foi da destruição em si, mas sim a imagem da dor. Dor que sentimos nos últimos dias com os irmãos da Linha Salto. Dos irmãos de São Lourenço do Sul aqui no nosso estado.

Dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional. (Wikipédia).

São tantas as dores nossas. Imaginem então, agregando as dores dos outros. E alguns têm mais dores que outros. Alguns têm menos dores que outros. Mas nós todos temos, as nossas dores.

“Se eu falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu, qual é o meu alívio?” Jó 16:6

“Até no riso o coração sente dor e o fim da alegria é tristeza.” Provérbios 14:13

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4