sábado, 26 de março de 2011

Professor 2011! Contrastes.




O professor na visão dos administradores públicos:

“Oh classezinha unida! Será que não viram que não adianta mais toda essa ladainha? Será que não se deram conta que professor é uma profissão como qualquer outra? Se nós ficarmos dando esses aumentos absurdos para eles, o resto do funcionalismo corretamente também vai querer! Se foi o tempo em que o professor era pessoa importante na sociedade! Hoje graças à mídia, estamos colocamos os professores no seu devido lugar, que é dentro da bolha pública, ganhando muito bem, e sem o prestígio e status que tinha antes, pois eles só sabem reclamar.”

O professor na visão da sociedade:

“Não se faz mais professores como antigamente. Nossos filhos são dinâmicos, quase independentes graças à inclusão digital, à TV e a lei. Nossos filhos não gostam de ir à escola, mas dizem o que querem e estão muito bem instruídos. Aliás, achamos que a classe docente é uma profissão ultrapassada, desatualizada. A TV nos ensina bastante, mais até que os professores! Temos visto muito na programação da TV aberta, alunos procurando seus direitos dentro da sala de aula. Os Direitos Humanos assim como a classe jurídica está correta em pegar alunos que foram muito mal educados e que, possuem sérios problemas de relacionamento social e colocá-los por meio de mandatos judiciais na sala de aula. O professor precisa colocar-se no seu lugar, que é ensinar! Nada mais que isso! E dizer que ainda existe professores que falam mal da mídia, que devemos ter poder de opinião, ora, mas nós temos, nós acompanhamos os noticiários e sabemos o que está acontecendo! Esses sim, são professores ultrapassados. Por isso sempre cobramos dos professores as notas baixas que dão aos nossos filhos, pois é desgastante para nós pais que passamos o dia todo trabalhando e quase não vemos nossos filhos, reclamarem desses professores que nada fazem pelo desenvolvimento deles.”

O professor na visão do professor:

“São dias difíceis. Nossos alunos estão cada vez mais atualizados no uso da tecnologia! Não é fácil conseguirmos acompanhá-los. Fascina-nos tamanho desenvolvimento. Nossos vencimentos mal dão para sustentar a família! Sim, nós professores também temos família! Adoramos o que fazemos. A classe dos professores é uma classe em extinção. Ao contrário do que diz as estatísticas oficiais, verifica-se que nas faculdades a cada ano, diminui a procura por cadeiras na área da licenciatura. Seria por que estão falando que somos uma classe em desprestígio social? Os alunos de hoje sabem corretamente dos seus direitos, são dinâmicos, de raciocínio rápido e grandes conhecedores da tecnologia e informática. Não temos ainda uma nova metodologia de ensino para enquadrar-se nesse novo tipo de aluno. Eles não querem mais livros, mesmo com a nossa insistência. Fomos instruídos por nossos mestres dessa maneira e achamos que essa é a maneira correta de aplicar o ensino. Os alunos querem coisas que fogem da nossa compreensão magistral antiga. Quando nossa classe ainda era social, nossos alunos vinham à aula para aprender. Aprender com educação. Hoje os alunos vêm para a escola por obrigação.”

sábado, 12 de março de 2011

Dor


Certas coisas impressionam qualquer ser humano de caráter. O Japão simplesmente é um país lutador. Quantas situações infelizes, quantos infortúnios e mesmo assim, quantas lutas, quanta persistência!

Não sou descendente de japoneses. Mas sinto uma força muito grande quando leio, convivo e sinto os japoneses. Não por este ser um dos momentos mais difíceis da história do Japão, de maneira alguma, mas por toda a sua história!

A imagem que mais me marcou, não foi da destruição em si, mas sim a imagem da dor. Dor que sentimos nos últimos dias com os irmãos da Linha Salto. Dos irmãos de São Lourenço do Sul aqui no nosso estado.

Dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional. (Wikipédia).

São tantas as dores nossas. Imaginem então, agregando as dores dos outros. E alguns têm mais dores que outros. Alguns têm menos dores que outros. Mas nós todos temos, as nossas dores.

“Se eu falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu, qual é o meu alívio?” Jó 16:6

“Até no riso o coração sente dor e o fim da alegria é tristeza.” Provérbios 14:13

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4